É. Passei pela crise do desconhecido, o sonho e o que me falavam.
Escolhi ser jornalista. Não sei se por veia, mas acredito em predestinação, em coisas já escritas, e claro, no querer de Deus.
Tive as piores dúvidas, o drama do vestibular, a correria da matrícula. Quando chego na minha sala me acho uma estranha, e tive vontade de sair correndo e desistir na mesma hora.
Não sou assim, nunca fui. Pela primeira vez depois de tanta convicção pensei em desistir. Pensei melhor.
Não é fácil. Muita gente diz "menina, dá tempo de desistir" (e são pessoas da área) definitivamente, nunca imaginei que logo essas pessoas me dissessem pra desistir.
É que quando criança a gente sonha com a bancada do Jornal Nacional, nos links de Nova York, nas viagens especiais, na aventura e pensa naquilo de não ter rotina. Tô no primeiro período e já sei que o mínimo do mínimo, a exceção da exceção que consegue chegar lá, que consegue instabilidade, salário alto e blá blá blá.
Eu sinceramente não escolhi jornalismo pra ser rica, nem pra ser heroína, nem pra ser cult, ou exceção ou por não ter um rumo. Eu sabia desde o começo. É que a gente não escolhe.
A profissão nos escolhe, é lance de vocação. Vai além da razão.
E pra ser feliz eu escolhi levar gritos, passar por pressão, suar a camisa e ser esforçada.
O maravilhoso e cruel mundo do jornalismo não é pra todo mundo.
Eu escolhi ser corajosa.
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